"Foi intenso de uma maneira maravilhosa e brutal. Kate não imaginava até aquele momento como fora fria. Até que o rosto de Byron, com a barba por fazer roçou a sua pele, não imaginava como podia ser delicada. Ou como era gratificante ser ela a delicada.
Ela deixou escapar um gemido longo e agradecido quando as mãos de Byron entraram por debaixo da sua T-shirt para acariciarem as suas costas, cobrirem e apertarem os seios que formigavam. O movimento dos polegares sobre os mamilos irradiou um calor intenso por todo o seu corpo, vibrando de uma maneira dolorosa na virilha. Inclinando-se para trás, ela puxou a cabeça de Byron, até que a boca substituiu as mãos.
Ela sugou através do algodão, atormentando-se com fantasias de como seria aquela carne, qual o saber sob a sua língua. Ela era tão... franzina. Aquele tronco estreito, quase de menino, não deveria nunca atraí-lo. Não havia as curvas típicas das ancas femininas, os seios eram demasiado pequenos.
E firmes e quentes.
A maneira como ela se mexia contra ele, naquela ansiedade nervosa de uma mulher já a oscilar à beira do orgasmo, era excitante ao extremo. Byron queria e precisava empurrá-la para trás, abrir-lhe a roupa e penetrá-la até que os dois estivessem a gritar.
Em vez disso, tornou a beijá-la na boca, enfiou uma das mãos entre os seus corpos e empurrou-a em queda livre para o orgasmo. Estremeceu quando Kate explodiu, teve de ordenar a si mesmo para respirar quando a cabeça de Kate pendeu inerte no seu ombro.
«Deve ser suficiente para um de nós se nonter», pensou ele.
Kate demorou um pouco para perceber que ele parara e que estava simplesmente a abraçá-la.
- O que foi? - conseguiu balbuciar. - Porquê?
As perguntas aturdidas quase o fizeram sorrir.
- Decidi que não queria que fosse uma explosão de hormonas. De qualquer dos dois. - Byron inclinou-a para trás, estudou o rosto corado, os olhos vidrados - melhor agora?
- Não acho... - Kate não era capaz de pensar direito. - Não sei... tu não queres...?
Ele comprimiu a boca contra a dela, num beijo com gosto de profunda frustração.
Isto responde à tua pergunta?
Byron segurou-a pelos ombros e sacudiu-a.
- Estás a tentar confundir-me. Parte do cérebro de Kate começava a recuperar-se, trazendo de volta o temperamento explosivo. - Parece uma visão distorcida do filme Meia Luz.
Desta vez ele sorriu.
- Arre, és mesmo insuportável. Presta atenção Katherine. Eu desejo-te. Nem imagino porquê, mas quero-te muito. Se seguisse o meu primeiro instinto estarias deitada de costas, nua, e eu estaria a sentir-me muito melhor do que me sinto neste momento. Mas não admitirei depois que t u alegues depois que eu só te ajudei a terminar com a tua estiagem sexual.
Os olhos de Kate voltaram a focar.
-É uma coisa horrível para se dizer.
- É sim. E seria dessa forma que racionalizarias. Não te vou dar essa oportunidade. O que faço agora é proporcionar-te a possibilidade de te acostumares à ideia de me teres como amante. "
Nora Roberts - Um sonho de vida
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