Quinta-feira, 31 de Maio de 2007
“Há alturas, e estas coisas ninguém confessa a ninguém, em que se vai para a cama com um homem... e a seguir chegamos à conclusão de que não sentimos absolutamente nada e que é o vazio que precede esses momentos.”
“Como é que nos sujeitamos aquilo, pensando que talvez fosse melhor termos ficado em casa a ver televisão porque a emoção seria igual senão maior.”
“Vê-se que no fundo nenhum de nós quer muito estar com o outro.”
Uma mulher não chora – Rita Ferro
Quarta-feira, 30 de Maio de 2007
“Um silêncio partilhado e pleno de significados, de sentidos, de segredos de vidas. As suas companhias, mais do que as pessoas, são os livros. Os livros, eterna companhia. As palavras escritas sabem ser aconchegantes para uma alma deserta e solitária.”
Não se escolhe quem se ama - Joana Miranda
Terça-feira, 29 de Maio de 2007
“Na verdade, tive uma autêntica epifania assim que me consegui levantar daquela cama de hotel: acabaram-se os homens. Eles simplesmente não valiam o trabalho que davam. Não havia um único ser à face da terra que merecesse o tempo e a energia que exigia. (...) Por outro lado, Sandra – pensava eu agora, «qual é o prazo de validade dessa grande epifania?”
Um para três - Axel Witchel
“Ritinha, Ritinha... estás a delirar! Tu, uma eterna romântica, afastares o amor da tua vida? É tão provável que isso aconteça como a fome acabar no mundo!”
Promessa de uma vida a dois – Sandra Pinto
Segunda-feira, 28 de Maio de 2007
“Uma amiga minha, que é advogada perita em divórcios, uma vez disse-me que a maior parte das pessoas não quer metade das coisas que pede. Só não quer é que a outra pessoa fique com elas.”
Um para três - Axel Witchel
Domingo, 27 de Maio de 2007
“Não sei se o ódio é passível de racionalização e também não me quero deter muito sobre isso. A verdade é que até preferia não a odiar tanto, preferia que ela me fosse, simplesmente, indiferente. Seria bem melhor para mim e dar-me-ia outra tranquilidade e outra postura.”
Sem lágrimas nem risos - Joana Miranda
Sábado, 26 de Maio de 2007
“Odiar é um desperdício de tempo e energia.”
O espelho da Lua - Joana Miranda
Sexta-feira, 25 de Maio de 2007
“Perguntei, dia após dia, onde estavam as pessoas na altura me que mais precisava delas. As pessoas que me amavam e as pessoas que eu amava. Onde estão todos, afinal? Cada um afogado na sua própria vida, mirando o seu umbigo, girando sobre si mesmos, até à alienação total. De repente, tinham-se esquecido de mim! Como que por magia. Embrenhados em mil e um pormenores, a comerem, a trabalharem, a divertir-se e a dormirem. Meu Deus, o tempo que as pessoas perdem a dormir! São anos e anos de vida que se perdem a dormir! As pessoas que amo não têm tempo sequer para se lembrar de mim! De quando em quando, alguém se lembrará, pensará telefonar, mas acabará por não o fazer. Por pensar que eu vou estar a dormir e que não as vou atender.”
Contigo esta noite – Joana Miranda
Quinta-feira, 24 de Maio de 2007
“Tenho pena de que nunca me tenha comprado um presente. Talvez porque receber presentes tenha sido sempre muito importante para mim. Gosto de dizer às outras pessoas que não ligo nada a presentes, mas não é verdade. Adoro receber presentes. É verdade que também gosto muito de oferecer presentes aos outros e de confirmar, pelo brilho dos seus olhos, que gostaram.”
Não se escolhe quem se ama – Joana Miranda
Quarta-feira, 23 de Maio de 2007
Helene Segara - Laura Pausini
Ce n'est jamais qu'une histoire
Comme celle de milliers de gens
Mais voilà c'est mon histoire
Et bien sûr c'est différent
On essaie, on croit pouvoir
Oublier avec le temps
On n'oublie jamais rien, on vit avec
Forse non sei stato mai
Il presente che vorrei
E sbagliavo a fare tuoi
Quei progetti solo miei
Ma ho imparato a dire no
All'illusione che ci sei
Per vivere il ricordo che ho di noi
{Refrain:}
On a plusieurs vies,
Mais une seule grande histoire de coeur
Quand l'amour s'enfuie,
Il n'y a jamais de vainqueur
Si on pouvait tout refaire,
Balayer nos erreurs
On n'oublie jamais rien, on vit avec
Per ogni viaggio che faro'
Per ogni abbraccio che darai
So ti mi proteggero'
Ma non mi dimentichero' mai
Ho capito che si puo'
Dire voglio e non vorrei
Per vivere il ricordo che ho di noi
Je n'avais plus la patience
D'espérer juste un sourire
Notre avenir se brisait
Sur l'autel des souvenirs
J'attendais une autre chance
Je ne l'ai pas vue venir
On n'oublie jamais rien, on vit avec
{au Refrain}
Quand tu lui disais "Je t'aime"
Tu entendais pour la vie
On n'oublie jamais rien
So che mi proteggero'
Ma non dimentichero' mai
On n'oublie jamais rien
C'est toujours le même problème
On croit ce qu'on a envie
On n'oublie jamais rien, on vit avec
{au Refrain}
Per vivere il ricordo che ho di noi
On n'oublie jamais rien, on vit avec...
“Quando o conheci, senti-me renascer. Havia muito tempo que não me sentia assim. A flutuar no espaço. O mundo girava à minha volta em rotações aceleradas, e era-me difícil pensar com calma no que quer que fosse. Uma energia nova e quente tomava conta de mim e sufocava-me. Eu exultava em cada novo dia. A presença dele aquecia-me o corpo e os sentidos, e sentia-me a pairar sobre nuvens de algodão. Era uma sensação estranha e viciante. Por vezes, sentava-me junto ao mar, e procurava convencer-me de que não se passava nada de estranho comigo. Que estava apenas a apaixonar-me. Milhões de pessoas no planeta ter-se iam sentido assim pelo menos uma vez no decurso das suas vidas. Respirava fundo, e tentava levar as coisas com naturalidade, mas as minhas intenções não passavam disso mesmo, de intenções. Sempre que o vislumbrava a minha cabeça girava a cem à hora, a minha pulsação acelerava e ondas de suor perpassavam pelo meu corpo, deixando-me num estado semelhante à loucura. Não dizia coisa com coisa e não fazia nada certo. O olhar dele fixava-se em mim de uma forma, que fazia o meu corpo estremecer em convulsões de desejo. Percebia que não conseguia controlar a situação, e que, a qualquer momento, poderia cometer uma loucura. Quando hoje me recordo destas sensações, elas parecem-me longínquas e desconexas, difíceis de reconstruir. Hoje, sinto-me a anos-luz de tudo isso, e é-me difícil acreditar que a pessoa que hoje sou, seja a mesma que esteve apaixonada por aquele homem. Tudo parece ter acontecido há anos-luz. Tudo parece ter acontecido com outra pessoa que não eu. Uma pessoa viva, plena de energia, infinitamente sedutora e desejável, jovem e plena de vitalidade. Uma pessoa, que não eu.”
Não se escolhe quem se ama - Joana Miranda