Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008
“Agora estou em Dublin, vim estudar literatura inglesa e francesa e iniciar convenientemente a caminhada necessária para ser escritor. Estou a estudar francês porque tive boas notas no liceu, porque adoro o som da língua, a delicadeza e a beleza que parecem desprender-se mesmo das frases mais simples, porque ouvi falar em Rimbaud através das canções de Van Morrison e Bob Dylan , e porque é uma língua estrangeira. Adoro dizer palavras em francês e estabelecer ligações de musicalidade entre elas, visage », paisage ». Tenho sonhos fabulosos com as criaturas feitas de seda que vivem dentro de mim. Levantam-se e flutuam no ar e às vezes, nos primeiros dias, sinto que os meus pés mal tocam no chão.”
Dizei uma palavra e eu serei salvo – Niall Williams
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Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008
“Fiquei tão magoada que nem sequer consegui responder. Era este o mesmo homem que costumava telefonar-me de duas em duas horas só para ouvir a minha voz? O mesmo que costumava abraçar-me à noite enquanto eu adormecia.”
À procura do Homem ideal – Suzanne Schlosberg
Domingo, 24 de Fevereiro de 2008
Estou saturada, desiludida com a vida e comigo mesma. Nada é como um dia eu imaginei. Não tenho nada, não construi nada e não deixei até hoje qualquer marca da minha passagem por este mundo. Não escrevi nenhum livro, as árvores que plantei acabaram por morrer, e não tive o filho que tanto desejei. Às vezes gostaria de encontrar um motivo para ter vindo ao mundo.
Hoje, com trinta anos, a minha vida é um autêntico vazio. Não tenho nada à minha volta que me desperte a vontade de ir em frente, que me faça acreditar. Perdi a esperança que alguém me arrancou sem dó nem piedade. Neste momento sinto que já não vale a pena lutar, que nunca terei o lar, os filhos, a estabilidade e a tranquilidade que tanto desejei e as lágrimas brotam dos olhos sem eu as conseguir conter. Odeio-me por isso. Sempre que penso que estou a conseguir dar a volta à tristeza que se instalou dentro do meu coração, há sempre dias em que tudo desaba.
Quem me dera voltar atrás no tempo e dizer "Sim" as vezes que disse "não" e dizer "Não" as vezes que disse "Sim". Acho que tomei sempre a opção errada. Havia sempre dois caminhos, duas opções e eu teimei sempre em seguir o caminho que não me leva a lado nenhum.
Quero voltar atrás no tempo.
Quero voltar a ser adolescente e a acreditar no amor, na felicidade, na fidelidade, na lealdade, na vida.
Quero... quero muito... mas há muito que deixei de acreditar...
Sexta-feira, 22 de Fevereiro de 2008
“Lexie não queria comprometer-se com alguém só por se tratar de um homem decente e com um bom emprego. Pretendia também estar apaixonada por ele.”
“Se não sentisse qualquer paixão por ele, não conseguia deixar de pensar que apenas pretendia “arrumar-se” com alguém, assim não lhe servia.”
Quem ama acredita – Nicholas Sparks
Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2008
“Sei que essa espera tem um fim, depois de crescer, de perceber, de amar por dentro sem pedir que aplaudas, mas sim que assistas que me venhas buscar e que dites o fim da minha espera. Por hora, basta-me que adormeças nos meus braços, que me apertes junto ao teu peito e me acompanhes nos nossos sonhos... Só assim tenho a certeza de que esperar por ti vale tudo, vale mais ainda porque se não for nesta vida será na outra, mas sei que um dia vamos poder inventar um tempo nosso.”
Palavra de mulher – Maria João Lopo de Carvalho
Segunda-feira, 18 de Fevereiro de 2008
“Na vida de cada homem, (...), só existe uma mulher com quem é possivel conseguir a união perfeita e, na vida de cada mulher, só existe um homem com quem pode sentir-se completa. Todavia, poucos, muito poucos, acabam por se encontrar.”
Vai Aonde te Leva o Coração, Susanna Tamaro
Domingo, 17 de Fevereiro de 2008
“Bem sei que muitas vezes sou uma contradição ambulante.”
Está uma noite quente de verão – Isabel Ramos
Falar de coisas sérias a esta hora...
"Às vezes passamos dias e semanas inteiras sem receber nenhum gesto de carinho do próximo. São períodos difíceis, quando o calor humano desaparece e a vida se resume a um árduo esforço de sobrevivência.
Diz o mestre:
Devemos examinar a nossa própria lareira. Devemos colocar mais lenha e tentar iluminar a sala escura na qual a nossa vida se transformou. Quando ouvirmos o nosso fogo a crepitar, a madeira que estala, as histórias que as labaredas contam, a esperança ser-nos-á devolvida.
Se somos capazes de amar, também seremos capazes de sermos amados.
É apenas uma questão de tempo."
Maktub – Paulo Coelho
Sábado, 16 de Fevereiro de 2008
"É sexta-feira, você chega a casa e pega em alguns jornais que não pôde ler durante a semana. Liga a TV sem som, coloca um disco. Usa o controlo remoto para passar de um canal para outro, enquanto folheia algumas páginas e presta atenção à música que está a tocar. Os jornais não trazem nenhuma novidade, a programação da TV é repetitiva e você já ouviu este disco dezenas de vezes.
A sua mulher está a cuidar das crianças, sacrificando o melhor da sua juventude, sem perceber bem porque o faz. Uma desculpa passa pela sua cabeça: «bem, a vida é isto mesmo.» Não, a vida não é isto mesmo. A vida é entusiasmo. Pense onde é que você deixou o seu entusiasmo escondido. Pegue na sua mulher e nos seus filhos e vá atrás dele, antes que seja tarde demais. O amor nunca impediu ninguém de seguir os seus sonhos.”
Maktub – Paulo Coelho
Segunda-feira, 11 de Fevereiro de 2008
"Quando eu era mais jovem acreditava cegamente no amor humano. Se uns olhos me fitavam com ternura, se uns lábios me sorriam, eu pensava logo que isso era uma prova de que gostavam de mim. Tinha vontade de retribuir e sentia uma euforia que hoje sei que se chamava felicidade. Agora, é escusado olharem-me com ternura e sorrirem-me afavelmente. Para mim, esses gestos podem não passar de uma mímica, fazer parte de uma representação. Ainda que a pessoa que me olha ou sorri julgue que é sincera, o facto é que, mesmo assim, pode estar a representar. Pode não executar esses gestos por amor verdadeiro, puro, desinteressado. Ela pode ter um interesse qualquer, nem que seja o de me dominar com a sua aparente afabilidade, quebrar todas as minhas resistências, fazer de mim um fantoche, uma marioneta movida por cordelinhos."
Ponte levadiça – Isabel Gouveia
Sábado, 9 de Fevereiro de 2008
“Não esmagues o pardal, deixa-o pousar na tua mão aberta, se regressar é teu, se não regressar é porque nunca foi teu.”
Um amor nunca vem só – Sarah Dunn