Terça-feira, 3 de Julho de 2007

O Homem e as drogas

 
As drogas, que hoje conhecemos como um dos males da sociedade, nem sempre foram substâncias consideradas nocivas.
Na verdade, muitas delas começaram a ser usadas em tratamentos específicos de certas doenças.
Outras, fizeram parte de contextos sócio-culturais de épocas passadas.

A cocaína é produzida a partir das folhas da planta da coca, que é cultivada nas montanhas dos Andes e da América do Sul. Os índios da região conhecem as propriedades de droga da planta há séculos e, muitas vezes, mastigam as suas folhas em ocasiões religiosas e para matar a fome ou combater o cansaço. Este acto é perfeitamente aceitável na sua sociedade – não envolve sentimentos de vergonha ou de culpa, nem tráfico.
Em 1855, foi descoberta uma técnica de extracção da cocaína das folhas da coca e assim nasceu o hábito do consumo de cocaína.
A droga passou a estar muito na moda no Ocidente, especialmente entre escritores e outras figuras do mundo artístico. Nos bares, a cocaína podia ser adicionada a bebidas como a cerveja e o uísque, a pedido do cliente.
Até 1903, a Coca-Cola, um refrigerante mundialmente conhecido e consumido, tinha na sua composição extracto de coca.
Na década de 1970, a cocaína passou a ser conhecida como “a droga dos ricos”, porque era uma droga muito cara.
Hoje em dia, a cocaína é a droga da moda, principalmente no mundo da música e do desporto.
 

 
O ópio é outra droga com um passado legal e respeitável.
É produzido a partir da papoila do ópio, cultivada na Ásia e no Extremo Oriente. Até os Gregos e os Romanos conheciam os poderes narcóticos do ópio. O láudano, um derivado do ópio, foi um medicamento de venda livre até inícios do séc. XX. No séc. XIX, o consumo do ópio alastrou pela Europa. Aqui, os cavalheiros fumavam ópio para relaxar. O lucrativo comércio do ópio entre a China e a Grã-Bretanha foi bastante encorajado.
 

A cannabis vem do arbusto Cannabis sativa que, originalmente, era cultivado na Ásia. Actualmente, já se encontra noutros países. A planta tem peculiares folhas compostas com limbos serrados.
A cannabis foi utilizada na China como medicamento até 2700 a.C. Também tem sido usada num contexto religioso na Ásia e nas Índias Ocidentais.
Na Europa, há um século atrás, a cannabis era utilizada para tratar dores de cabeça, insónia e outras dores.
Actualmente, os médicos americanos estão a testar a sua eficácia no tratamento de glaucoma, esclerose múltipla e asma.
Em alguns países, a cannabis é apresentada sob a forma de uma bebida que se oferece, socialmente, aos convidados.
Na religião rastafariana, a cannabis é adorada como uma erva mística e é muito fumada pelas suas propriedades curativas. Além disso, inspira muitas letras de canções reggae.
No entanto, esta atitude vai contra a lei da Jamaica, onde muitos rastafarianos vivem, já que tanto a posse como o consumo de cannabis são ilegais neste país.
 As anfetaminas são estimulantes produzidos pelo Homem que, em tempos, eram receitados para tratar depressões.
Hoje em dia, os médicos só as receitam em ocasiões muito raras, para o tratamento de quadros médicos extremos.
Na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietname, forneciam-se anfetaminas às tropas para que melhorassem o seu desempenho.
Actualmente, as anfetaminas para fins não medicinais são produzidas em laboratórios ilegais.


 

O ecstasy foi descoberto em 1912 e utilizado como um inibidor de apetite. Esta droga foi ilegalizada em meados da década de 1980.
 

A heroína pertence ao grupo dos opiáceos, que são usados medicinalmente como supressores de dor. Todos os opiáceos são produzidos a partir da papoila do ópio.
A heroína é produzida a partir da morfina mas é muito mais forte. Na verdade, a heroína apareceu como um substituto da morfina porque, embora a morfina fosse um óptimo medicamento contra as dores, provocava rapidamente a habituação.
A heroína acabou por ser um medicamento ainda melhor contra as dores mas que provocava ainda mais dependência. Assim, os morfinónamos, rapidamente passaram a ser heroinómanos.
A designação de “heroína” vem do facto de se esperarem actos “heróicos” sob a influência desta droga “fantástica”. Por vezes, ainda é utilizada medicinalmente para tratar doentes em estado terminal, como certos doentes de cancro.
 

O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi produzido pela primeira vez em 1938 por Albert Hofmann, um químico suíço.
Este químico engoliu, por acidente, um pouco da mistura e assim começou a primeira “trip” de ácidos da História.
Na década de 1950, o LSD foi usado medicinalmente no tratamento de dependentes de álcool e de drogas, e durante os tratamentos de psicoterapia.
Nos anos 60, o LSD tornou-se o emblema psicadélico do movimento hippy
 

O GHB (gama-hidroxiburitrato) é uma hormona sintetizada naturalmente pelos Mamíferos. Foi isolada na década de 60 do século XX e, utilizada como anestésico e sonífero. A sua utilização foi de curta duração, uma vez que se constatou que os seus efeitos secundários (náuseas e falhas de memória, entre outros) o tornavam demasiado perigoso enquanto fármaco.
Embora a Food and Drug Administration dos E.U.A. tenha declarado a substância ilegal, em Portugal tal ainda não sucedeu.
Esta droga é conhecida como easy date, "droga da violação", scoop ou somatomax. É um líquido sem cor e sem cheiro particulares que, em doses pequenas (menos de dois gramas), induz uma sensação de bem-estar e de excitação sexual. A esta sucede-se a sensação de náusea, tontura e dor de cabeça que, associadas à perda de memória ao estado de quase inconsciência, têm transformado esta substância numa «arma» muito usada por violadores (que, geralmente, a misturam na bebida da vítima). O efeito surge cerca de vinte minutos após a ingestão e dura até seis horas. A overdose pode provocar a morte.
 
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Clauclau às 00:06

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