"Sinto-me como aqueles ratos horríveis na roda, rodando e rodando freneticamente sem ir a lado nenhum.
- Além disso, os regulamentos do Ministério da Saúde estão cada vez mais exigentes. Preciso de um sítio apropriado.
Pauline fora calma, profissional, tal como o pai. – Entendo isso, Rose, mas estas instalações que tens em mente não são adequadas. Pensa um pouco: por que razão são tão baratas? Por que motivo estão há tanto tempo à venda? Como tua solicitadora, seria negligente da minha parte deixar-te assinar este contrato de arrendamento. Tem mais buracos do que um coador.
Rose já se atirara para a antiquada cadeira de braços, aborrecida e derrotada. Pauline tinha razão, claro. E isso era apenas mais uma das muitas coisas que tornava tudo pior. Estiveram sentadas em silêncio até à fúria impotente de Rose se desvanecer, como um foguetezinho de Carnaval de uma criança."
A outra face do amor – Catherine Dunne