“Parecia não haver mais nada para dizer. Ela olhou para ele com um ligeiro distanciamento. Estivera casada com este homem. Amara-o, preocupara-se com ele e confiara nele. Tivera filhos dele, e agora ele parecia-lhe alguém que conhecera há muito tempo, por breves momentos, numa vida anterior.
Ela não parava de sondar se sentia algo, se tinha alguma emoção. Como uma língua sondando um dente que dói, teria ficado tranquilizada por sentir a dor da sua presença. Pelo contrário, todo o sentimento parecia ter sido extraído, removido do caminho, não deixando nem a mínima brecha como recordação da sua prévia existência atormentada.”
A outra face do amor – Catherine Dunne