“Se Jim fosse outro, talvez nesta altura olhasse para trás e sorrisse ou assumisse uma expressão tranquilizadora para aliviar a tensão que se vai acumulando, mas não é pessoa para isso. Pensa que na absoluta solidão deste momento se joga uma partida decisiva. E que dentro de uma hora ou menos a sua vida estará para sempre mudada. Ela vai aparecer. De certeza. E ele vai colocar a mão – e a vida – na mão dela, acreditando, como manda a sua religião, na perenidade do amor, acreditando nele como um fim e um propósito e mesmo um destino; acreditando que a monotonia e o tédio da vida, de arranjar um emprego e ganhar o sustento, podem ser transformados por isso. E enquanto espera percebe que nada do que está a acontecer é normal, e que está num tempo e num lugar em que o amor se escreve com «a» minúsculo e que a fé que tem é uma espécie de exagero bizarro. Não quer saber. Será o sacerdote da paixão, da devoção. Kate Lynch é a primeira mulher que alguma vez amou. É a mulher a quem acha que o amor vai curar de todas as feridas, sem perceber ainda que é a si próprio que se quer curar pelo amor.”
Dizei uma palavra e eu serei salvo – Niall Williams
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