Sábado, 22 de Dezembro de 2007
“Teoria de que, no decurso da nossa vida, nos encontramos com duas ou três pessoas com quem poderíamos ser felizes.”
Contigo esta noite – Joana Miranda
Sexta-feira, 21 de Dezembro de 2007
“A monogamia é um sistema instituído pela sociedade, uma norma, uma convenção social, que é totalmente contranatura. Não podia imaginar-me a viver com um só homem, a fazer sexo com ele durante toda a minha vida e a não poder fazer sexo com mais nenhum outro homem até ao fim dos meus dias.”
Contigo esta noite – Joana Miranda

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007
“Seria Júlia fiel a Gustavo? Seria Gustavo Fiel a Júlia? Não era. Sabia que não era. Júlia também sabia, mas fingia não ver. Para manter as aparências, a estabilidade familiar, a paz podre. E, por isso, eu odiava-o em silêncio. Como se fosse a mim própria que não era fiel. Júlia merecia melhor. Era boa pessoa. Boa irmã, boa filha, boa mãe e calhara-lhe na rifa uma família de morcegos tenebrosos.”
Contigo esta noite – Joana Miranda
Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007
“Só quero que alguém me explique porque é que este italiano me desassossega os sentidos e por que é que o meu coração bate mais depressa quando estou perto dele, porque é que as minhas mãos transpiram, por que é que me sinto desfalecer, por que é que as palavras secam na minha voz, por que é que as minhas pernas tremem. Que alguém me ajude... Mas ninguém me ajuda.”
Sem lágrimas nem risos – Joana Miranda
Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007
“Quem me conseguiu este emprego foi o meu pai, que trata dos papéis dos seguros ao director do colégio. Sem uma cunha é difícil sobreviver neste país em que todos são tios e primos de alguém.”
Sem lágrimas nem risos – Joana Miranda
Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
“Antes dos trinta anos a vida é estranha. Dá-se pouco valor ao que realmente interessa. Perde-se tempo de mais com frivolidades.”
Não se escolhe quem se ama – Joana Miranda
Domingo, 25 de Novembro de 2007
“Começa a encontrar-lhe imensos defeitos, daqueles que as mulheres são especialistas em encontrar nos homens por quem deixam de estar apaixonadas: deixa a banheira cheia de pêlos, faz barulho ao mastigar a comida, não põe a escova de dentes no copo, não tapa a pasta dos dentes, não sabe tocar piano como o Miguel e, pior que tudo, desconfia que é um mulherengo. Recebe demasiadas chamadas pessoais para o telemóvel que, afinal, sempre tem e que traz sempre com ele, às quais responde em tom lânguido e misterioso, do tipo “sim”, “não”, “talvez” e as viagens a Paris estão-lhe atravessadas.”
A outra metade da laranja – Joana Miranda
Sábado, 24 de Novembro de 2007
“Apaixonou-se perdidamente por ela há tantos anos, que lhe perdeu a conta. Não era mais bonita do que tantas outras mulheres, mas o coração tem razões que a razão desconhece. Havia qualquer coisa nela que mexeu com ele.”
Não se escolhe quem se ama – Joana Miranda
Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007
“Na verdade, nesses dias não gostava de nada, nem de ninguém. Não gostava de si próprio, e isso era, de facto, de tudo, o mais grave.”
Não se escolhe quem se ama – Joana Miranda

Quarta-feira, 14 de Novembro de 2007
“Não podemos escolher as pessoas que amamos. Elas impõem-se-nos. São inevitáveis na nossa vida, condicionam-nos a existência e, geralmente, fazem-nos verter lágrimas amargas.”
Não se escolhe quem se ama – Joana Miranda